segunda-feira, 26 de julho de 2021

Posições básicas dos acordes com pestana

 

Pestana

 É denominada pestana o artifício de prender duas ou mais notas com o mesmo dedo. Sua vantagem é que os acordes passam a ser móveis. A mesma posição pode ser tocada em diferentes casas pelo braço do violão ou da guitarra, fornecendo-lhe 12 acordes diferentes nas 12 primeiras casas.
Existem quatro posições básicas de pestana, derivadas dos acordes de E, A, C e G, sendo que as de E e A , são as mais fáceis de adaptar para acordes menores, e com sétima.

Exemplo – Posição de E

  O primeiro passo para tocarmos um acorde com pestana é trocar a posição dos dedos, colocando-os de acordo com a figura 1.
Montando essa mesma posição uma casa acima e prendendo as cordas soltas com a pestana feita pelo dedo indicador temos o acorde de F. figura 2

http://www.artmaiashop.com

  Sempre toque corda por corda para ouvir a sonoridade extraída. Se alguma corda estiver “abafada” tente apertar um pouco mais, ou posicionar melhor o dedo polegar atrás do braço. O processo para obter acordes com pestana derivados de outras posições é o mesmo, valendo também para os menores e com sétima. Abaixo vocês poderão conferir alguns padrões de acordes usados nos 4 formatos. Maiores, menores e maiores com sétima nos formatos de E e A. E maiores e maiores com sétima em C e G, devido a digitação do acorde menor ser mais complicada nesses formatos. Reparem que o acorde de Db7 no formato de C, não faz uso de pestana, porém é um acorde móvel se abafarmos a primeira corda (E) da guitarra.
 

 Formato E
http://www.artmaiashop.com


Formato A
http://www.artmaiashop.com



Formato C e G
http://www.artmaiashop.com


                                       

Os acordes básicos

 http://www.artmaiashop.com

  Muitas vezes, o que nos faz querer tocar guitarra é aquele solo ou riff do guitarrista da nossa banda favorita, mas devemos saber que tudo isso está totalmente ligado ao conhecimento dos acordes.

  É muito importante para o futuro guitarrista, conhecer os acordes básicos. Para isso, é necessário habituar a mão esquerda à “lembrar” as diferentes posições. Quanto mais você emprega um acorde mais fácil será encontrá-lo e mais limpo será o som que você conseguirá, mas isso leva tempo.

  Para iniciarmos nosso estudo sobre acordes, devemos saber o que são e como são formados.

  Um acorde é a combinação de três ou mais notas. Os acordes simples de três notas são chamados tríades. Quando temos apenas duas notas, elas formam um intervalo. Podemos ter no nosso instrumento acordes de até 6 notas, sendo uma nota para cada corda, mas os que veremos a seguir, compõem-se de apenas três ou quatro notas, algumas das quais são repetidas ou dobradas.

  Um acorde isoladamente fornece duas informações importantes. A primeira é o tom, dado pela nota principal do acorde, chamada tônica ou fundamental, com base nela é que construiremos o acorde. A segunda informação importante é a harmonia, que é o efeito produzido entre a tônica e as outras notas do acorde.      É o som do próprio acorde determinado pelos intervalos entre a tônica e as demais notas.

  Apresentaremos agora os 15 acordes básicos no vocabulário do estudante de guitarra. Com ele você poderá tocar várias músicas.

  Cuidado na formação desses acordes procure sempre a clareza do som, para isso toque individualmente cada corda. Se o som de alguma corda estiver “estranho”, provavelmente a pressão que você está exercendo sobre a corda não é suficiente, seu dedo está apenas mal colocado ou o dedo que prende a corda de cima está abafando a debaixo.

  Veja os acordes que tem a nota fundamental em comum, por exemplo, E, E7 e Em e perceba as diferenças nas “cores” dos acordes. O E soa mais estável e alegre, já o Em nos dá uma impressão de tristeza e melancolia. Isso acontece pela diferença de uma nota, a nota G# no maior e que no menor é trocada pela nota G.
  Este intervalo que é diferente entre os dois acordes é a terça, é o que determina se um acorde é maior ou menor.

Vejamos então os acordes

O X indica cordas que não devem ser tocadas.

http://www.artmaiashop.com



Localizando as notas no braço do instrumento

 http://www.artmaiashop.com

  A agilidade em achar as notas no braço do violão e da guitarra é muito importante para montarmos escalas e acordes. Para isso, é extremamente necessário conhecer onde estão as notas no seu instrumento. De nada adiantaria saber a teoria, se na prática você não for capaz de localizá-las. O primeiro passo, para isso é conhecer o nome das cordas soltas.
 As cordas soltas na guitarra são contadas de baixo para cima, sendo assim a primeira a mais aguda e a 6ª a mais grave. 

1ª corda solta – Mi ( E )
2ª corda solta – Si ( B )
3ª corda solta – Sol ( G )
4ª corda solta – Ré ( D )
5ª corda solta – Lá ( A )
6ª corda solta – Mi ( E )

  A partir das cordas soltas, cada vez que pressionamos uma nova casa, subimos 1 semitom, ou seja, ½ tom. Vejamos o que acontece no braço da guitarra até a quinta casa.

http://www.artmaiashop.com

  Para acharmos as notas da sexta casa em diante, continuaremos a seguir meio a meio, até a nota desejada.


Exercícios de técnicas para ganhar agilidade

 http://www.artmaiashop.com

  Nesta aula, passarei alguns exercícios para melhorar a palhetada e a digitação da mão esquerda, são aqueles bons, básicos e velhos exercícios psico-motores, mas que dão um resultado bem legal, se você estudá-los.

  Os primeiros quatro exercícios são apenas palhetadas em corda solta subindo e descendo, primeiro com 4 notas por corda, depois 3, 2 e finalmente 1. Como são exercícios de técnica e que se repetem continuamente, preferi não deixar específico nenhuma fórmula de compasso. O 5º exercício é um padrão de cordas soltas bem legal para treinarmos palhetada.

  Os próximos três exercícios têm como objetivo conseguir uma melhor digitação com a mão esquerda. O primeiro é o conhecidíssimo 1,2,3,4, depois temos uma variação desse tocando um na corda cima e um na corda de baixo e o terceiro é tocado na diagonal. São todos exercícios muito bons se tratando de palhetada e digitação, você pode se quiser, montar padrões diferentes para seus estudos.
 

Ex. 01
http://www.artmaiashop.com 
Ex. 02
http://www.artmaiashop.com 
Ex. 03
http://www.artmaiashop.com 
Ex. 04
http://www.artmaiashop.com 
Ex. 05
http://www.artmaiashop.com 
Ex. 06
http://www.artmaiashop.com 
Ex. 07
http://www.artmaiashop.com 
Ex. 08
http://www.artmaiashop.com 

domingo, 25 de julho de 2021

Aprenda dedilhados rapidamente

 

  Com certeza, você já viu, ou até mesmo já tocou com palheta em um violão, ou o contrário dedilhou em uma guitarra. Pela semelhança de afinação, acordes, técnicas, etc, entre esses dois instrumentos, é muito comum à troca de idéias desse dois universos. Talvez um pouco disso venha da lenda de que para aprender guitarra, antes você tem que aprender violão, assim, muitos guitarristas acabam transpondo certos conceitos utilizados no violão para a guitarra.
  Mesmo que você não tenha sido iludido pela tal lenda, é essencial que você como guitarrista, saiba dedilhar. Muitas músicas clássicas foram concebidas através de um dedilhado, como, por exemplo, Stairway to Heaven, do Led Zeppelin e Nothing Else Matters, do Metallica (top dos dedilhados), assim como outras que usam os dedos não para dedilhar, mas sim para criar uma levada diferente, para isso  podemos citar More Than Words, do Extreme, ou então qualquer tema de Bossa Nova, MPB, etc...
  A base de todo dedilhado é o desenvolvimento de independência de movimentos entre o polegar e os demais dedos da mão direita. Existem vários tipos avançados de dedilhado, mas aqui estarei explicando apenas um dos mais simples e mais usados, que consiste em tocar os bordões, as cordas E, A e D com o polegar e cada um dos dedos restantes, (com exceção do dedo mínimo, que é raramente usado) tocar uma corda, o indicador toca a 3ª corda (G), o médio a 2ª corda (B) e o anular a 1ª corda (E), Dependendo da situação, se houver necessidade o indicador pode a tocar a 4ª corda (D), o médio a 3ª corda (G), o anular a 2ª corda (B).
  A posição da mão deve ser sempre confortável, sendo uma das mais indicadas à mão em posição de concha, deixando os dedos apoiados sobres às cordas de maneira que os dedos não entrem muito entre elas. 
http://www.artmaia.com

Assim como a mão esquerda, os dedos da mão direita também recebem siglas:
Polegar = P
Indicador = I
Médio = M
Anular = A


Essa nomenclatura nos ajuda a escrever um dedilhado, por exemplo:
P
I
M
A
M
I


  Ele indica que devemos tocar o polegar, depois o indicador, o médio, o anular, o médio e o indicador. E como se fosse uma batida, fecha-se um ciclo, mudando para outro acorde ou repetindo o anterior.

  Quando por exemplo, vermos duas ou mais letras juntas, devemos tocar as cordas respectivamente de cada dedo simultaneamente.

P
I - M - A
P
I
M - A
I


  Abaixo nós teremos alguns exercícios utilizando alguns dedilhados bem básicos. Eu simbolizei a nota que o polegar deve tocar com um circulo negro e as 3 cordas para os dedos restantes com um semi-circulo. 

 EX.01
http://www.artmaia.com 
EX. 02
http://www.artmaia.com 
EX. 03 
http://www.artmaia.com


A Escala Cromática

 http://www.artmaiashop.com

O que são bemóis e sustenidos?

São os tipos de derivações que se pode fazer a partir de algumas notas naturais:

    Sustenido (#) = eleva a nota em meio tom
    Bemol (b) = reduz a nota em meio tom
    * Dobrado sustenido (##) = eleva a nota em um tom
    Dobrado bemol (bb) = reduz a nota em um tom

Os acidentes musicais alteram a sonoridade original das notas, como por exemplo:

    Dó# = Dó sustenido, ou uma nota de Dó acrescida de meio tom
    * Dób = Dó bemol, ou uma nota de Dó diminuída em meio tom

Escala Cromática

Ao introduzir os acidentes musicais na escala diatônica formamos a escala cromática, ou seja, a escala diatônica se trata de:

    * Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si

A escala cromática ascendente de Dó se trata de:

    * Dó - Dó# - Ré - Ré# - Mi - Fá - Fá# - Sol - Sol# - Lá - Lá# - Si - Dó

Enquanto isso, a escala cromática descendente de Dó é:

    * Dó - Réb - Ré - Mib - Mi - Fá - Solb - Sol - Láb - Lá - Sib - Si - Dó

A escala cromática é formada por uma sequência de semitons onde estão representadas todas as notas que formam o sistema musical ocidental.

Os acidentes musicais são os símbolos de sustenido (#) e bemol (b) colocados nas notas naturais. Esses símbolos representam a alteração das notas em um semitom para cima (sustenido) ou para baixo (bemol).

Por exemplo, a nota  acrescida de um semitom se transforma na nota Dó#, assim como a nota Dób representa um semitom abaixo da nota .

Observando a escala cromática de Dó, é possível notar que os intervalos de notas que possuem acidentes são entre:

    * Dó e Ré

    * Ré e Mi

    * Fá e Sol

    * Sol e Lá

    * Lá e Si

Enquanto os intervalos que não possuem acidentes são entre:

    * Mi e Fá

    * Si e Dó

A partir de agora fica mais simples de entender o que são tons e semitons e quais notas possuem acidentes. Isso facilitará o seu aprendizado daqui para frente.

Organize seu tempo de estudos

 http://www.artmaiashop.com

  A premissa básica para mantermos um aprendizado constante depende fundamentalmente de termos uma diretriz bem clara, "trocando em miúdos", cada segundo do seu estudo diário tem sumária importância para a realização de seus objetivos. Em função dos mesmos, trace uma linha de estudo que varie com seu tempo hábil, sua facilidade ou dificuldade com determinado assunto e suas próprias metas. Um dos pontos que mais afligem os iniciantes em seus primeiros passos é o que diz respeito à necessidade ou não de uma rotina diária de estudos. Devemos ter em mente o bom e velho ditado: “O hábito faz o monge”, ou seja, a freqüência de estudo mínimo diário vale mais que um exagero esporádico. A fluência e a velocidade são resultados de uma eficaz interiorização da informação, seja ela um lick ou uma escala. Lembre-se, a velocidade vem com o tempo!

  No intuito de organizar seu tempo de estudo, sugerimos uma tabela que aborda assuntos estruturais. Com o acúmulo das informações obtidas no decorrer do curso você poderá, eventualmente, construir uma nova tabela. O caráter deste enfoque é rotatório, feito antes de qualquer coisa em função de suas próprias necessidades.

  Segue então uma sugestão de um roteiro mínimo de estudo:

Assunto - Tempo mínimo sugerido:

Exercícios Cromáticos: 20 min.
Notas no Braço (intervalos): 10 min.
Escalas: 30 min.
Descanso: 5 min.
Arpejos / Tríades: 30 min.
Acordes / Bases: 30 min.
Leitura: 20 min.
Descanso: 5 min.
Improvisação / Composição: 45 min.
Repertório: 45 min.

Tempo Total: 4 Horas

  Caso você venha se sentir desanimado, tenha sempre em mente que a perseverança é a chave para o sucesso!

  Observação: É bom frisar que o desenvolvimento musical também é resultado de um crescimento neuro - muscular, portanto, tenha cuidado com seu mais precioso instrumento: suas mãos. Faça sempre um aquecimento que envolva alongamentos de seus músculos e tendões.


sábado, 24 de julho de 2021

Dicas para iniciantes no violão

 

  Se você é iniciante, e se o seu violão, acústico ou elétrico, as cordas são de nylon, eu aconselho cordas da Giannini Essas cordas são comercializadas em versões para violão clássico e para MPB. Para quem toca violão para acompanhamento das vozes, o indicado é o encordoamento Giannini MPB. Também as cordas importadas D'Addario nylon de tensão normal são boas e não são tão caras. O melhor é ter um encordoamento de maior tensão possível, mas que não seja tão pesado, pois as cordas ficariam duras.

  Para violões elétricos de aço, eu aconselho as cordas importadas da marca D'Addario, mas preste atenção nas tensões e na medida, 0.9 é muito fina, de baixo volume e desafina com mais facilidade, porém é muito mais leve e indicado para quem toca solo.
As medidas 0.10 e 0.11 são mais grossas, de maior volume e seguram melhor afinação, mas quanto mais grossas, mais duras de tocar; essas cordas são indicadas para quem toca harmonia, ou seja, acordes e batidas.

Saiba antes de comprar um violão

 http://www.artmaiashop.com

  Ao comprar um instrumento nunca compre apenas pela cor, ou pelo visual, verifique o acabamento, a sonoridade e a qualidade do material usado em sua construção. No caso de instrumentos de cordas verifique a distância que existe entre as cordas e o braço do instrumento. Pois instrumentos com cordas altas dificultam a execução, principalmente no caso de quem ainda está aprendendo. Se você não tem nenhum conhecimento é sempre bom pedir a ajuda de um músico qualificado na hora de comprar seu instrumento.

  No caso do violão, se você ainda é iniciante e tem pouca prática, não use cordas de aço, elas são mais duras que as de nylon e cansam bem mais os dedos; uma vez que, não se deve mudar de cordas do violão de nylon para aço e vice-versa, pois cada instrumento é fabricado para cada tipo de cordas e geralmente nunca fica bom mudar a especificação de cada um.

  Ao trocar as cordas de seu instrumento, nunca troque pela metade, ou seja, umas e outras não. Se você trocar apenas algumas cordas, seu instrumento continuará com a mesma sonoridade ruim como se não tivesse trocado. Por outro lado, cordas devem ser trocadas a cada 4 ou 6 meses, conforme o uso.  
    
  O violão e a guitarra são instrumentos muito semelhantes, mas nem sempre o que se pode tocar em um dar pra tocar no outro. Teoricamente a diferença é mínima, mas a grande diferença está na execução, sendo que a guitarra é muito mais usada para rock do que para MPB. No caso do violão a coisa se torna o contrário, portanto é importante comprar o instrumento de acordo com o gosto musical.


Intervalos

 http://www.artmaiashop.com

  Antes de falar diretamente sobre o intervalo musical, iremos tomar como exemplo algumas coisas do nosso cotidiano para uma melhor ilustração. Quase todos os dias nos deparando com medidas (distância, peso); um exemplo: para medir o comprimento de qualquer coisa usamos o metro.O metro, ou esse sistema de medidas pode ser usado para medir a distância entre dois pontos. Na música também há um sistema de medidas, se é que podemos chamá-lo assim. Mas, ao invés deste sistema medir a distância física entre dois pontos, ele mede a distância sonora entre duas notas musicais. Esse sistema chama-se intervalo musical. Para entender a escala, os acordes e tudo o que há na música, é essencial o estudo dos intervalos. Mas o que é intervalo? A definição mais comum é que intervalo é a diferença sonora entre duas notas. Para ilustrar melhor, vamos pegar um exemplo prático:

C --- D

  Existe entre as notas C e D um intervalo de 1 (um) tom . Se as notas fossem C e C# o intervalo seria de 1/2(meio) tom.

  Se você tiver a mão um instrumento, que não seja de percussão, e tocar a nota C e em seguida a nota D, você irá sentir o som que elas proporcionam. Você irá notar que ao tocar a nota D seguida da nota C o som foi mais para o agudo. Da até uma impressão de que o som subiu um pouco, foi mais para frente, se assim fosse possível visualizar as notas musicais. Dessa maneira fica um pouco mais fácil entender como pode ser medida a distância entre duas notas.

  Mas o intervalo não é apenas isso. Para ir um pouco mais fundo eu pergunto a você, o que é a música? Um pouco difícil de definir, mas para o nosso propósito, podemos definir música como sendo a arte de expressar sentimentos através de sons, ou notas musicais.

  Dizemos que na música existem dois tipos básicos de expressão: tensão e relaxamento. Tensão seria aquele tipo de música que você escuta e fica tenso agitado, ex: Heavy Metal, alguns Jazz e Fusion são bem tensos, repare também nas músicas utilizadas em trilhas sonoras de filmes, principalmente filmes de terror, catástrofes, etc. Como relaxante podemos tomar como exemplo a música erudita (porém nem todas, algumas são tensas) e músicas bem calmas, aquelas que você (que não é roqueiro) põem para dormir .

http://www.artmaiashop.com

  Para nos expressar em um desses tipos básicos, precisamos conhecer o intervalo de cada nota em relação à outra, e sentir o som que ele proporciona.

  Quando você escuta ou faz um solo, na verdade você esta tocando uma seqüência de intervalos, se não fosse assim, você não produziria som algum que não fosse apenas o som da primeira nota tocada.

Exemplos de intervalos e tipos de sons

Intervalos tensos

O intervalo entre a primeira de um escala e sua quarta aumentada:

C e F# 

O intervalo entre a primeira de uma escala e sua sétima maior:

C e B 

Intervalos relaxantes

O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua Quarta

C e F

O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua Sexta

C e A

  Para saber qual é o intervalo entre duas notas, temos sempre que tomar como referência a primeira nota tocada. Após isso iremos ver onde se encontra a outra nota dentro da escala maior da primeira. Um exemplo:

  O intervalo entre as notas C e E .

  A primeira nota tocada é a nota C, portanto vamos procurar a nota E dentro da escala de C maior para saber o intervalo correspondente entre as duas.
A escala de C é a seguinte: C D E F G A B C

  Para isso vamos contar a partir da nota C até a nota E (conta-se inclusive a nota C). O número que achamos foi 3, portanto dizemos que entre a nota C e a nota E existe um intervalo de terça. Esse intervalo irá proporcionar uma sensação sonora que é típica e exclusiva do intervalo de terça e que nenhum outro intervalo poderá reproduzir.

  Portanto cada intervalo tem a sua identidade própria, não importando o tom em que estamos tocando. Uma mesma música pode ser tocada em tons diversos, e nem por isso ela perderá suas características.

  Agora que temos uma pequena noção do intervalo musical, podemos compreender como se formam as escalas. Iremos tratar em particular da escala maior, por ser esta a principal escala e mãe de todas as outras.

Temos os seguintes intervalos:

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sétima

Oitava

  Para você entender bem vamos a um exemplo, vamos achar os intervalos da nota "A" é só contar, seguindo a escala musical, a nota A no caso, mais o número do intervalo, a segunda de A seria B e assim por diante, veja a lista completa abaixo:

Nota: "A"

Segunda: B

*Terça: C

*Quarta: D

*Quinta: E

*Sexta: F

Sétima: G

Oitava: A (sempre a oitava é ela mesmo)

  Alguns intervalos terão mais afinidade com a tônica do que outros, olhando acima você verá um asterisco nos intervalos de terça / quarta / quinta / sexta, esses intervalos têm uma relação perfeita com a "tônica", experimente tocar junto à nota "A" com a "C" e assim por diante, você perceberá que elas têm uma sonoridade, elas se combinam, enquanto que os intervalos de segunda e sétima não se relacionam com a tônica, note que são as notas, posterior e a anterior, então para tornar a explicação mais clara, as notas próximas à tônica não se relacionam com ela.

  Vamos ver agora um exemplo pratico de como os acordes são formados. Temos aqui o acorde de C maior, no modelo sem pestana, vamos ver quais notas fazem parte do acorde:

C

E

G

C

E

A Segunda nota do acorde é a nota E

O QUE "E" SERIA DE "C" EM INTERVALOS? LEMBRE SEMPRE DE CONTAR A PARTIR DA TÔNICA!

C-D-E
(1-2-3)

É A TERÇA DE C! E TEMOS A NOTA G QUE É QUINTA DE C,
C É OITAVA DE C E O RESTO É UMA REPETIÇÃO.

  Sempre ao ver que notas fazem parte de um acorde, associe com os intervalos, isso torna a compreensão deles muito mais fácil e clara, e todos os acordes maiores e menores se formam como no exemplo acima.

Regras

  Porque o acorde é maior ou menor? Qual seria a diferença entre eles? Existe um intervalo que define se o acorde é maior ou menor, é o intervalo de "terça". Nós temos dois tipos de terça:

Maior / menor.

  A terça maior está sempre 4 casas a frente da tônica, enquanto a terça menor esta sempre 3 casas a frente da tônica. A regra é simples e matemática, quando você estiver tocando um C maior, a terça é a nota E, se você contar a partir da nota C (que é a tônica do acorde) 4 casas você cairá na nota E, portanto a terça menor de C é Eb ou D#.

  Isso explica, por exemplo, a pouca diferença que existe entre o modelo de acorde menor / maior com pestana da corda E ou A, perceba que a diferença de um para o outro é de uma nota, exatamente a "terça".

  Nós vimos em intervalos que existem certos intervalos que se relacionam muito bem com a tônica e outros, mais especificamente o de segunda e de sétima, que não se relacionam muito bem com a tônica, mas isso não quer dizer que esses intervalos não são usados na formação de acordes! Veja o exemplo deste acorde: Am7.(A MENOR COM SÉTIMA)

  Vamos analisar o acorde vendo que notas fazem parte dele:

Am7:

E (quinta de A)

G (sétima de A)

C (terça de A)

E (quinta)


  Neste acorde nós temos uma "sétima". Mas a sétima não se relaciona com a tônica, então como acorde soa tão bem? A nota G não se relaciona com o A, mas o que G seria de E que também faz parte do acorde? Seria "terça" de E. Então a conclusão é que todos os intervalos poderão ser usados desde que dentro do acorde tenha uma nota que se relaciona com ela, se pensarmos bem a probabilidade de em um acorde não ter uma nota que se relaciona com qualquer outra e praticamente nula, nós temos uma infinidade de opções, e você vai ouvir falar bastante em acordes com sétima e nona.

  Portanto todos os intervalos são usados na formação de acordes, é só você achar uma relação com outra nota que está formado o acorde.

Tríades

  Um acorde é formado, caracterizado, basicamente por sua tríade, como a palavra já diz, tríade são as três primeiras notas do acorde, e com essas três notas que você caracteriza o acorde, sendo as outras notas uma repetição delas mesmas. Veja abaixo algumas construções básicas de tríades.

MAIOR:

T/3/5 EX:C/E/G

MENOR:

T/3b/5 EX:C/Eb/G

AUMENTADA

T/3/5# EX:C/E/G#

DIMINUTA

T/3b/5b EX:C/Eb/Gb.


Conclusão

  Intervalo então é a distância entre duas notas. Se você toca uma nota após a outra, temos um Intervalo Melódico; se você toca duas notas diferentes ao mesmo tempo, o intervalo é Harmônico; e se você toca duas notas idênticas ao mesmo tempo, o intervalo é chamado de “Uníssono”.


sexta-feira, 23 de julho de 2021

A postura correta

 http://www.artmaiashop.com

A Postura no Violão Popular: A postura no violão popular é bastante simples. Como normalmente fazemos, apoiamos o corpo do violão na perna direita. Colocamos o braço por cima do corpo do violão e posicionamos a mão perto da boca do violão (boca é o furo que tem no meio do corpo do violão). Após fazer isso, devemos colocar a mão esquerda no braço do violão e começar a executar os movimentos necessários: acordes solos e etc. Para fazer tudo isso, é preciso sentar em um lugar bem apoiado (tipo um banquinho) e manter a coluna reta. 

http://www.artmaiashop.com

A Postura no Violão Clássico: A postura no violão clássico é mais composta. Devemos apoiar o corpo do violão na perna esquerda, portanto você terá que abrir um pouco a perna direita para que o corpo do violão caiba entre as suas duas pernas. O violão deve ser inclinado um pouco para baixo para facilitar o acesso da mão esquerda no braço do instrumento. A posição do braço e da mão são as mesmas que a do violão popular. Essa posição é necessária porque os violões clássicos não costumam possuir Cutway (aquela inclinação no corpo que facilita o acesso as casas mais agudas), então essa posição, acaba facilitando o acesso às casas mais agudas do violão por parte do músico.

http://www.artmaiashop.com

Qual a forma correta de sentar? Você deve ter de preferência um banco onde você possa apoiar o pé. Esse apoio pode ser um pouco alto. Você deve sentar no banco e deixar sua coluna reta. Deixar a coluna inclinada, cabeça baixa, e a postura errada podem lhe causar sérios problemas futuros.

http://www.artmaiashop.com

A Posição das mãos: A mão direita deve ficar sobre a boca do violão, na parte de cima das cordas. O dedo polegar deve tocar os bordões (cordas mais graves) e os outros dedos devem tocar da primeira até a quarta corda. Também pode ser usada a palheta, que apenas exige que o dedo polegar e o indicador se juntem para apertá-la. A mão esquerda é a responsável pela execução de acordes, solos e etc. O dedo polegar deve ficar atrás do braço, e possui diferentes inclinações para cada tipo de acorde. Se for um acorde com pestana, por exemplo, o dedo polegar fica na parte de baixo da parte de trás do braço. Os outros dedos (indicador, médio, anular e mínimo) ficam apertando as cordas nas determinadas posições. No caso dos violões cutway's, quando é preciso apertar as cordas dentro da inclinação do cutway, o dedo polegar fica livre, pois não tem como ele apertar a parte de trás do violão.

http://www.artmaiashop.com

É necessário ter uma unha grande no polegar? Não. É útil, mas não necessário. Você usa a unha para tocar o baixo (a parte mais grave) dos acordes, mas esse papel também pode ser feito apenas pelo dedo. Se você toca teclado e violão, por exemplo, não poderá ter a unha grande, pois a unha grande irá lhe atrapalhar na hora de tocar o teclado. Então nada melhor do que comprar uma unheira (uma espécie de palheta que é presa no dedo polegar) ou uma dedeira (uma espécie de palheta que se encaixa nos outros dedos, menos no polegar). Fazendo isso você  poderá tocar violão e teclado (por exemplo), sem ter nenhum problema.


O Violão de 12 cordas

 

  É um instrumento acústico com 12 cordas em 6 pares, o que produz tom e toque mais rico do que um violão de seis cordas padrão.Essencialmente, é um tipo de violão com um natural efeito de coro devido às sutis diferenças nas freqüencias produzidas por cada uma das duas cordas de cada par.
  Um violão de 12 cordas é um violão comum como todos os outros. Porém ele tem uma construção mais detalhada, mais difícil e pesada. É feito para suportar 12 cordas ao invés de 6, então tudo é mais reforçado: cavalete, corpo, braço e Headstock. Ele possui 12 cordas, como o nome já diz. As cordas são agrupadas de duas em duas, formando assim 6 pares. Essas cordas são semelhantes ao violão de 6 cordas, ou seja, as cordas que ficam agrupadas são iguais. Sendo assim ele terá as mesmas cordas de um violão comum, mas terá essas cordas em um número dobrado.  As cordas que ficam agrupadas possuem a mesma afinação, ficando assim: E E B B G G D D A A E E . Então para afinar um violão de 12 cordas basta ter um afinador comum para violão ou afinar normalmente de ouvido. Agora veremos a técnica e a execução no violão de 12 cordas.
  Sempre ou quase sempre há aquela dúvida: Dá pra fazer bend em violão de 12 cordas? Tem como fazer solos em violão de 12 cordas? Como é palhetar em um violão de 12 cordas? Como são executados os acordes? Dúvidas e mais dúvidas se repetem, afinal nada sabemos de um Instrumento que não conhecemos não é mesmo? Vamos então para a explicação: Para você executar acordes comuns no violão de 12 cordas é exigido uma alta praticidade em fazer pestanas. Isso mesmo, pestanas em acordes comuns! Como as cordas são agrupadas de duas em duas, para fazer um acorde que você apertava uma corda no violão comum, você irá apertar duas cordas no violão de 12 Cordas. E se já é difícil fazer um acorde comum, imagine um acorde com pestana? É dificuldade dobrada comparada ao violão comum. A pressão que você tem que fazer é maior, já que o braço do violão tem 12 cordas para pressionar. Mas embora a pressão seja maior, o truque certo é o mesmo, depois de um tempo treinando, a força não será tão necessária já que o que irá contar mesmo é a prática. Quanto aos bends a resposta é: quase Impossível! As cordas são próximas demais, então para você fazer um bend é necessário muita força, além de muita prática. Solos são possíveis, mas solos rápidos podem não ser executados nunca. O melhor mesmo é usar o violão de 12 Cordas como violão base. Outras técnicas são possíveis, mas somente depois de muita prática no instrumento.

http://www.artmaiashop.com

Design
  As cordas são colocadas aos pares, que geralmente são tocadas juntas. Nos 4 pares mais graves as cordas são normalmente afinadas em oitava, enquanto os 2 pares agudos estão afinados em uníssono. A afinação da segunda corda no terceiro par (G) varia: alguns músicos usam o par oitavado o que é mais comum, outros usam o par em uníssono. Alguns violonistas,  sejam em busca de tom distintivo ou para a facilidade de tocar, removem algumas das cordas duplas. Por exemplo, ao remover a oitava superior dos três pares de baixo executa-se linhas de baixo, mais limpas, mas mantém as cordas extras agudas. As cordas geralmente são organizadas de tal forma, que a primeira corda de cada par a ser atingido em um movimento para baixo é a seqüência de oitava mais aguda, no entanto, esta ordem foi revertida pela Rickenbacker em sua guitarra elétrica modelo 360/12 popularizada por George Harrison na época dos Beatles. A tensão colocada sobre o instrumento pelas cordas é alta, e por isso, violão de 12 cordas tem uma reputação de deformação após alguns anos de uso, principalmente em alguns modelos que não possuem os tradicionais suportes estruturais para prevenir ou adiar esse destino, em detrimento da aparência e tom. Até a invenção do tensor de 1921, violões de doze cordas foram quase universalmente ajustados, inferior ao E A D G B E tradicional, para reduzir as tensões sobre o instrumento. O violonista de blues Leadbelly usava freqüentemente a afinação em C, mas em algumas gravações podem ser reconhecível B ou A. Alguns artistas preferem a riqueza de uma afinação aberta, devido ao seu quase som orquestral. A mais usada é a afinação aberta em D, do grave para o agudo D A D F# A D ou também em G. Uma gama habitual de afinações de guitarra também estão disponíveis.
   O violão de doze cordas é mais usado para acompanhamento do canto seja no rock ou música popular. Isso acontece porque tocar individualmente os pares do violão de doze cordas requer muito mais habilidade e força do que em um violão. Alguns músicos de hard rock e rock progressivo usam violões ou guitarras com dois braços, que têm ambos seis cordas e de doze cordas, permitindo a transição rápida entre diferentes sons. O maior número de cordas torna a vida do violonista árdua. A diferença entre os pares de corda é geralmente mais estreita do que entre os cursos de cordas de violão comum de seis cordas convencional, de modo que é necessária mais precisão com a palheta ou dedo quando se arpeja. Geralmente não é um instrumento dado a frases de alta velocidade. O grande barato do violão de doze cordas é o uso constante de notas pedais que transformam o som do instrumento em algo muito grande. Os violões de doze cordas são feitos em ambas as formas: acústicos e elétricos. No entanto, o acústico é mais comum.

Efeito Chorus
  As fileiras duplas de cordas do violão de doze cordas produzem um efeito de coro, porque a seqüência de sons individuais com aproximadamente o mesmo timbre e quase (mas nunca exatamente) o mesmo tom convergem e são percebidos como um só. Quando o efeito é produzido com sucesso, nenhum dos sons constituintes é percebida como sendo fora de sintonia. A interferência entre as freqüências ligeiramente diferente  produz um fenômeno que resulta em uma sonoridade de ascensão e queda de intensidade, muitas vezes considerado agradável ao ouvido. O efeito é mais aparente quando se ouve as notas que sustentam por longos períodos de tempo e é bastante conhecido pelo nome de chorus.
 

Acordes Relativos

 

 Popularmente diremos que são acordes que possuem o som parecido com o de outro acorde. Existem alguns acordes que são bem difíceis de serem feitos, alguns usam pestana outros exigem uma abertura de dedo muito grande, ou seja, tudo que os iniciantes fogem! Este acordes podem ser substituídos pelos seus relativos.
  Como os acordes maiores são formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA (notas da escala maior), os que possuam a terça e a quinta iguais sãs chamados de relativos. Note que a primeira nota nunca será igual, pois seria o mesmo acorde.
Abaixo temos os acordes maiores e seus acordes relativos menores:

A  F#m
B  G#m
C  Am
D  Bm
E  C#m
F  Dm
G  Em

 Em termos práticos podemos variar uma progressão de acordes, trocando alguns dos acordes maiores por seus relativos menores.
Não só os acordes, as escalas maiores também tem suas relativas menores, como exemplo: A escala de Lá Menor é relativa da escala de Dó Maior.