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quinta-feira, 3 de março de 2022

Harmonização, tonalidades e acordes

 

  Como já vimos em lições anteriores, uma melodia costuma se desenvolver utilizando as notas de uma escala . Os acordes que acompanham esta melodia são formados das mesmas notas da escala (este conceito tradicional de harmonia é pouco utilizado hoje em dia, onde a harmonização das músicas é mais livre, sem prender-se em regras específicas, porém isto depende muito do estilo musical) e cada acorde tem função específica na música. A esse conjunto de funções dos graus da escala e dos acordes sobre eles formados, dá-se o nome de tonalidade. O tom da música recebe o nome da escala que é construída a melodia. Por exemplo: Se a melodia de um trecho musical foi construída sobre a escala de Bb, dizemos que a tonalidade deste trecho é de Bb, ou que este trecho "está" em Bb. Cada nota da escala maior também gera uma nova escala, criando desta maneira 7 modos (7 maneiras diferentes de você tocar a mesma escala maior), que se chamam modos gregorianos. Cada modo possui um nome, e gera um tipo de acorde. Os acordes gerados pelos modos formam o Campo Harmônico Maior.

Um breve resumo das funções do campo Harmônico:

  Independente da escala em questão, um Campo Harmônico Maior gera sempre os mesmos tipos de acordes para cada grau:

Imaj7 IIm7 IIIm7 IVmaj7 V7 VIm7 VIIm7/5-

  As funções principais estão nos graus I, IV e V (acordes maiores) que são:

Grau I  - TÔNICA  - Função de repouso, resolução (geralmente é o primeiro e o último acorde da música)

Grau IV - SUBDOMINANTE - É um acorde de meia tensão, geralmente ponte entre os graus I e V

Grau V  - DOMINANTE  - Função de tensão, é o acorde que pede resolução.

  Os demais acordes (menores) são relativos dos três principais, ou seja, podem substituir os acordes maiores, obedecendo as mesmas funções tonais:

Grau IIm    - relativo do IV
Grau IIIm   - relativo do V
Grau VIm    - relativo do I
Grau VIIm5- - relativo secundário do V

  Chamamos de relativos os acordes que possuem notas em comum. Por exemplo: O acorde de C possui as notas C, E e G, e seu relativo menor (Am) possui as notas A, C e E e se acrescentarmos a sétima ele passa a ter a nota G também. Todo acorde maior tem seu relativo menor e vice-versa. Os relativos menores são sempre o sexto grau da escala do acorde maior (como no exemplo acima C e Am) e o relativo maior dos acordes menores é o inverso, ou seja, o terceiro grau menor da escala do acorde menor (modo eólio). Por exemplo: o relativo maior de C#m é E (Terça menor do acorde de C#m). Portanto, na prática, as músicas tonais são sempre formadas pelas 3 funções - Tônica, Subdominante e Dominante - mas os 3 principais acordes são constantemente substituídos por seus relativos.

domingo, 1 de agosto de 2021

Campo harmônico natural

 

 Toda música possui um tom. Isto quer dizer, que toda música ao ser executada, deve obedecer a certo campo harmônico, para que a sonoridade da música seja agradável. Cada estilo musical possui uma maneira de tratar seu campo harmônico, por exemplo, na Bossa Nova, as dissonantes (alterações de acordes) mais utilizadas são as sétimas maiores, nonas e nonas diminutas. Não que a bossa não utilize outros acordes, porém são estas alterações que caracterizam o estilo, enquanto no blues, a utilização de sétimas menores é indispensável.
  O Campo harmônico é formado por aqueles acordes que naturalmente aplicamos na música de acordo com sua tonalidade. Este campo obedece a uma regra de percepção, cujos acordes recebem nomes para que possamos tocar uma mesma música em qualquer tom.

  Um campo harmônico natural possui:
Tônica(T), Dominante(D), Sub Dominante(S), Relativa da Tônica (RT), Relativa da Dominante (RD) e Relativa da Sub Dominante(RS).

   Imagine por exemplo, a tonalidade de Dó Maior, e faça sua escala harmônica:

 Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré. 

 Conte a partir da primeira nota os graus, como: 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, ... (Lê-se primeira, segunda, terça, quarta...) A partir destas duas colocações, monte os acordes possíveis dentro da tonalidade que abaixo segue, contendo o campo harmônico de Dó Maior.

Dó Maior:

C, Dm, Em, F, G, Am

Temos então :
Tônica : C - A partir do 1o Grau
Dominante : G - A partir do 5o Grau
Sub Dominante : F - A partir do 4o Grau
Relativa da Tônica: Am - A partir do 6o Grau
Relativa da Sub Dominante: Dm - A partir do 2o Grau
Relativa da Dominante: Em - A partir do 3o Grau


 Veja também algumas outras tonalidades:

Si bemol Maior:

Escala: Sib, Do, Re, Mib, Fa, Sol, Lab

Campo: Bb, Cm, Dm, Eb, F, Gm


La Maior:

Escala: La, Si, Do#, Re, Mi, Fa#, Sol#

Campo: A, Bm, C#m, D, E, F#m


Sol Maior:

Escala: Sol, La, Si, Do, Re, Mi, Fa#

Campo: G, Am, Bm, C, D, Em


Tente agora montar o campo harmônico das seguintes tonalidades: 

Mi Maior:

Escala: Mi, Fa#, Sol#, La, Si, Do#, Re#

Mi Bemol Maior:

Escala: Mib, Fa, Sol, Lab, Sib, Do, Re

Bons estudos !


quarta-feira, 28 de julho de 2021

A formação dos acordes

 

  A música tocada no violão e na guitarra é amplamente baseada em acordes e progressões de acordes. Enquanto existem muitos acordes diferentes, alguns com nomes extremamente exóticos, a definição exata de acorde é simples: são três ou mais notas diferentes tocadas juntas. Mas, você às vezes irá encontrar “acordes” reduzidos, em que uma das três notas é omitida, essas combinações de duas notas podem manter a maior parte das características do acorde.
  Os acordes são derivados das escalas utilizando o princípio de “amontoar as terças”. Isso significa que o acorde é feito escolhendo a escala maior e selecionando quaisquer três notas alternadas daquela escala. Os acordes derivados de qualquer escala são chamados de campo harmônico: os acordes resultantes, que podem ser maiores (felizes) ou menores (melancólicos), irão parecer “certos” quando tocados juntos em progressão. 

sábado, 24 de julho de 2021

Intervalos

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  Antes de falar diretamente sobre o intervalo musical, iremos tomar como exemplo algumas coisas do nosso cotidiano para uma melhor ilustração. Quase todos os dias nos deparando com medidas (distância, peso); um exemplo: para medir o comprimento de qualquer coisa usamos o metro.O metro, ou esse sistema de medidas pode ser usado para medir a distância entre dois pontos. Na música também há um sistema de medidas, se é que podemos chamá-lo assim. Mas, ao invés deste sistema medir a distância física entre dois pontos, ele mede a distância sonora entre duas notas musicais. Esse sistema chama-se intervalo musical. Para entender a escala, os acordes e tudo o que há na música, é essencial o estudo dos intervalos. Mas o que é intervalo? A definição mais comum é que intervalo é a diferença sonora entre duas notas. Para ilustrar melhor, vamos pegar um exemplo prático:

C --- D

  Existe entre as notas C e D um intervalo de 1 (um) tom . Se as notas fossem C e C# o intervalo seria de 1/2(meio) tom.

  Se você tiver a mão um instrumento, que não seja de percussão, e tocar a nota C e em seguida a nota D, você irá sentir o som que elas proporcionam. Você irá notar que ao tocar a nota D seguida da nota C o som foi mais para o agudo. Da até uma impressão de que o som subiu um pouco, foi mais para frente, se assim fosse possível visualizar as notas musicais. Dessa maneira fica um pouco mais fácil entender como pode ser medida a distância entre duas notas.

  Mas o intervalo não é apenas isso. Para ir um pouco mais fundo eu pergunto a você, o que é a música? Um pouco difícil de definir, mas para o nosso propósito, podemos definir música como sendo a arte de expressar sentimentos através de sons, ou notas musicais.

  Dizemos que na música existem dois tipos básicos de expressão: tensão e relaxamento. Tensão seria aquele tipo de música que você escuta e fica tenso agitado, ex: Heavy Metal, alguns Jazz e Fusion são bem tensos, repare também nas músicas utilizadas em trilhas sonoras de filmes, principalmente filmes de terror, catástrofes, etc. Como relaxante podemos tomar como exemplo a música erudita (porém nem todas, algumas são tensas) e músicas bem calmas, aquelas que você (que não é roqueiro) põem para dormir .

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  Para nos expressar em um desses tipos básicos, precisamos conhecer o intervalo de cada nota em relação à outra, e sentir o som que ele proporciona.

  Quando você escuta ou faz um solo, na verdade você esta tocando uma seqüência de intervalos, se não fosse assim, você não produziria som algum que não fosse apenas o som da primeira nota tocada.

Exemplos de intervalos e tipos de sons

Intervalos tensos

O intervalo entre a primeira de um escala e sua quarta aumentada:

C e F# 

O intervalo entre a primeira de uma escala e sua sétima maior:

C e B 

Intervalos relaxantes

O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua Quarta

C e F

O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua Sexta

C e A

  Para saber qual é o intervalo entre duas notas, temos sempre que tomar como referência a primeira nota tocada. Após isso iremos ver onde se encontra a outra nota dentro da escala maior da primeira. Um exemplo:

  O intervalo entre as notas C e E .

  A primeira nota tocada é a nota C, portanto vamos procurar a nota E dentro da escala de C maior para saber o intervalo correspondente entre as duas.
A escala de C é a seguinte: C D E F G A B C

  Para isso vamos contar a partir da nota C até a nota E (conta-se inclusive a nota C). O número que achamos foi 3, portanto dizemos que entre a nota C e a nota E existe um intervalo de terça. Esse intervalo irá proporcionar uma sensação sonora que é típica e exclusiva do intervalo de terça e que nenhum outro intervalo poderá reproduzir.

  Portanto cada intervalo tem a sua identidade própria, não importando o tom em que estamos tocando. Uma mesma música pode ser tocada em tons diversos, e nem por isso ela perderá suas características.

  Agora que temos uma pequena noção do intervalo musical, podemos compreender como se formam as escalas. Iremos tratar em particular da escala maior, por ser esta a principal escala e mãe de todas as outras.

Temos os seguintes intervalos:

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sétima

Oitava

  Para você entender bem vamos a um exemplo, vamos achar os intervalos da nota "A" é só contar, seguindo a escala musical, a nota A no caso, mais o número do intervalo, a segunda de A seria B e assim por diante, veja a lista completa abaixo:

Nota: "A"

Segunda: B

*Terça: C

*Quarta: D

*Quinta: E

*Sexta: F

Sétima: G

Oitava: A (sempre a oitava é ela mesmo)

  Alguns intervalos terão mais afinidade com a tônica do que outros, olhando acima você verá um asterisco nos intervalos de terça / quarta / quinta / sexta, esses intervalos têm uma relação perfeita com a "tônica", experimente tocar junto à nota "A" com a "C" e assim por diante, você perceberá que elas têm uma sonoridade, elas se combinam, enquanto que os intervalos de segunda e sétima não se relacionam com a tônica, note que são as notas, posterior e a anterior, então para tornar a explicação mais clara, as notas próximas à tônica não se relacionam com ela.

  Vamos ver agora um exemplo pratico de como os acordes são formados. Temos aqui o acorde de C maior, no modelo sem pestana, vamos ver quais notas fazem parte do acorde:

C

E

G

C

E

A Segunda nota do acorde é a nota E

O QUE "E" SERIA DE "C" EM INTERVALOS? LEMBRE SEMPRE DE CONTAR A PARTIR DA TÔNICA!

C-D-E
(1-2-3)

É A TERÇA DE C! E TEMOS A NOTA G QUE É QUINTA DE C,
C É OITAVA DE C E O RESTO É UMA REPETIÇÃO.

  Sempre ao ver que notas fazem parte de um acorde, associe com os intervalos, isso torna a compreensão deles muito mais fácil e clara, e todos os acordes maiores e menores se formam como no exemplo acima.

Regras

  Porque o acorde é maior ou menor? Qual seria a diferença entre eles? Existe um intervalo que define se o acorde é maior ou menor, é o intervalo de "terça". Nós temos dois tipos de terça:

Maior / menor.

  A terça maior está sempre 4 casas a frente da tônica, enquanto a terça menor esta sempre 3 casas a frente da tônica. A regra é simples e matemática, quando você estiver tocando um C maior, a terça é a nota E, se você contar a partir da nota C (que é a tônica do acorde) 4 casas você cairá na nota E, portanto a terça menor de C é Eb ou D#.

  Isso explica, por exemplo, a pouca diferença que existe entre o modelo de acorde menor / maior com pestana da corda E ou A, perceba que a diferença de um para o outro é de uma nota, exatamente a "terça".

  Nós vimos em intervalos que existem certos intervalos que se relacionam muito bem com a tônica e outros, mais especificamente o de segunda e de sétima, que não se relacionam muito bem com a tônica, mas isso não quer dizer que esses intervalos não são usados na formação de acordes! Veja o exemplo deste acorde: Am7.(A MENOR COM SÉTIMA)

  Vamos analisar o acorde vendo que notas fazem parte dele:

Am7:

E (quinta de A)

G (sétima de A)

C (terça de A)

E (quinta)


  Neste acorde nós temos uma "sétima". Mas a sétima não se relaciona com a tônica, então como acorde soa tão bem? A nota G não se relaciona com o A, mas o que G seria de E que também faz parte do acorde? Seria "terça" de E. Então a conclusão é que todos os intervalos poderão ser usados desde que dentro do acorde tenha uma nota que se relaciona com ela, se pensarmos bem a probabilidade de em um acorde não ter uma nota que se relaciona com qualquer outra e praticamente nula, nós temos uma infinidade de opções, e você vai ouvir falar bastante em acordes com sétima e nona.

  Portanto todos os intervalos são usados na formação de acordes, é só você achar uma relação com outra nota que está formado o acorde.

Tríades

  Um acorde é formado, caracterizado, basicamente por sua tríade, como a palavra já diz, tríade são as três primeiras notas do acorde, e com essas três notas que você caracteriza o acorde, sendo as outras notas uma repetição delas mesmas. Veja abaixo algumas construções básicas de tríades.

MAIOR:

T/3/5 EX:C/E/G

MENOR:

T/3b/5 EX:C/Eb/G

AUMENTADA

T/3/5# EX:C/E/G#

DIMINUTA

T/3b/5b EX:C/Eb/Gb.


Conclusão

  Intervalo então é a distância entre duas notas. Se você toca uma nota após a outra, temos um Intervalo Melódico; se você toca duas notas diferentes ao mesmo tempo, o intervalo é Harmônico; e se você toca duas notas idênticas ao mesmo tempo, o intervalo é chamado de “Uníssono”.


quarta-feira, 21 de julho de 2021

Explicações básicas sobre campo harmônico

 

  Sem dúvida este é um dos assuntos mais importantes para quem quer realmente se tornar músico, pois o campo harmônico nos dá a completa visão das possibilidades harmônicas que temos assim como toda a visualização de escalas, tornando assim o estudo puramente matemático e claro. Primeiramente temos que entender para quê serve o campo harmônico, qual sua finalidade.

Campo harmônico é um conjunto de acordes formados a partir de uma determinada escala. Tome como exemplo a escala de dó maior: C, D, E, F, G, A, B.

Como formar um campo harmônico

  Para cada nota dessa escala, iremos montar um acorde. Vamos ter, portanto, sete acordes, que serão os acordes do campo harmônico de dó maior. Para cada nota da escala, o acorde respectivo será formado utilizando o primeiro, o terceiro e o quinto graus (contados a partir dessa nota, em cima dessa mesma escala). Vamos começar com a nota C. O primeiro grau é o próprio C. O terceiro grau, contando a partir de C, é E. O quinto grau, contando a partir de C, é G.

Acordes do campo harmônico de dó maior

   O primeiro acorde do campo harmônico de dó maior é formado então pelas notas C, E, G (repare que esse é o acorde de dó maior, pois E é a terça maior de Dó). Agora vamos montar o acorde da próxima nota da escala, que é D. O primeiro grau é o próprio D. O terceiro grau, contando a partir de D, nessa escala, é F. O quinto grau, contando a partir de D, é A. Portanto, o segundo acorde do nosso campo harmônico é formado pelas notas D, F e A (repare que esse é o acorde de Ré menor, pois a nota F é a terça menor de D).Você deve estar percebendo até aqui que estamos montando os acordes do campo harmônico pensando nas tríades e utilizando somente as notas que aparecem na escala em questão (escala de dó maior). Depois de montar a tríade, observamos se a terça de cada acorde ficou maior ou menor. Você pode também conferir a quinta de cada acorde, mas vai notar que ela sempre vai acabar sendo a quinta justa, exceto no último acorde, que vai ter a quinta bemol. É um bom exercício você tentar montar os acordes restantes desse campo harmônico. Confira depois com a tabela abaixo:


   O campo harmônico traduz na verdade algo que nós sabemos por instinto, por exemplo, quando você esta compondo uma musica, instintivamente você tenta achar uma seqüência melódica que te agrade, e nas tentativas, é claro que as vezes tocamos seqüências de acordes que parecem não combinar entre si, isso se deve ao fato de que existe uma seqüência de acordes que se combinam, existe portanto uma seqüência melódica, por exemplo, seria a diferença de tocar em seqüência um acorde maior/ menor/ menor/ menor/ menor/ maior temos uma progressão, que quando tocada soa estranho, isso porque existe uma regra para combinação de acordes, isso não pode ser feito aleatoriamente, você terá um efeito horrível se você tocar uma seqüência :

Cm Dm Em Fm Gm Am Bm

   Isso não pode ser feito, então o campo harmônico serve para nos mostrar a sequência de acordes que irá soar perfeitamente e aonde estariam as escalas para aplicação. Vendo o campo, perceba que ele é composto por 7 graus, a escala musical é composta por sete notas, portanto uma seqüência melódica de acordes está relacionado com a escala musical que é a base de tudo. Na segunda aula analisaremos como é o vínculo entre as escalas e os acordes. Veja no campo harmônico a seqüência de acordes com suas respectivas sétimas:

C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5)

   Pois bem aqui temos o campo harmônico natural, ele servirá de base para criarmos os outros. Agora feito o primeiro campo temos uma definição sobre os graus.

I7M IIm7 IIIm7 IV7M V7 VIm7 VIIm7(b5)

   Antes de seguir adiante vou explicar porque o sétimo grau é chamado de meio diminuto. A explicação básica do campo harmônico natural é que você tem uma seqüência de acordes que casam com as escalas, e que nenhum dos acordes e escalas nesse posicionamento tem sustenidos ou bemóis, pois bem faça um acorde de B, tanto faz ser maior ou menor, veja que notas fazem parte do acorde.... você irá achar o F#! Ele é a quinta justa de B!  Quinta justa seria o seguinte, quando você monta, por exemplo, o modelo maior ou menor da corda E ou A, existe um modelo para o acorde certo? Note que onde está o dedo 3 no acorde corresponde a quinta do acorde, a quinta justa então seria sempre onde está seu dedo 3, é chamado quinta justa porque a quinta de B é na verdade, vamos contar juntos B/C/D/E/F 1/2/3/4/5, é a nota F, mas montando um acorde, a quinta é F#, baseado que no campo harmônico natural não pode haver sustenidos, temos que tirar esse sustenido do acorde! Temos dois modelos para esse grau o meio diminuto e o quinta aumentada, ora a quinta justa de B é F# ,a quinta aumentada é G! Tiramos o sustenido que não pode ter!

Agora como faremos para entender e criar os outros campos?

   Agora você sabe quais acordes se casam, mas veja bem, existe sempre as exceções, muitas musicas são criadas com 2 campos diferentes, ou até 3, mas agora tudo têm uma explicação lógica e matemática, 2 casos comuns é em uma determinada música, ela se progredir para um outro campo harmônico. Então o campo harmônico além de facilitar o seu trabalho de composição, já te mostra onde estão as escalas para solar, já lhe dá opções de acordes e facilita e muito para tirar músicas de ouvido, ache dois, três acordes e tente identificar em que campo está, você poderá tirar o resto vendo quais os acordes que fazem parte do campo, e para solos ficará muito mais fácil tirá-lo, sabendo onde estão as escalas.  Se uma música contém os acordes do campo harmônico maior de dó, significa que a música está em dó maior. Com isso, sabemos que a escala a ser utilizada para fazer um solo, improvisar, criar riffs, etc. em cima da música é a escala de dó maior. Portanto, conhecer os campos harmônicos tem uma grande utilidade: esse conhecimento permite que saibamos as notas que podemos usar para fazer arranjos em cima de uma determinada música. Conhecendo bem os desenhos das escalas, nada impede que possamos criar solos e arranjos automaticamente (habilidade conhecida como improviso).