quinta-feira, 3 de março de 2022

Aprendendo a técnica do Bend

  Bend é uma técnica no qual você levanta ou abaixa a corda do instrumento para chegar em outra nota. Quando curvamos a corda, a nota que era tocada tem sua afinação mudada, elevada a uma nota mais aguda. Você pode tocar bends de ¼, ½, 1, 1 ½, 2 tons, o quando você e principalmente suas cordas agüentarem.
Essa técnica é muito usada na guitarra moderna, pois dá ao guitarrista um caminho adicional para expressar suas idéias. Sem a habilidade para conseguir essa textura mais ligada do bend, nosso instrumento passa a reagir de forma mais estática, como se fosse um piano. Por isso existe no meio da guitarra, a expressão solo "pianístico", ou seja o guitarrista tocou o solo sem tocar uma técnica que diferencie instrumentos de corda com os de tecla, ele só tocou as notas sem utilizar bend, tapping, hammer-on, pull-offs, alavancadas, etc.

  Para um bom bend, é necessário três coisas: limpeza, afinação e segurança. Afinação para que a nota que você chegara utilizando o bend afine com o acorde tocado na harmonia. Os grandes mestres dessa técnica são conhecidos por sua afinação precisa independente de velocidade ou região do braço da guitarra, mas isso leva um pouco de tempo para seu ouvido começar a perceber quando está desafinado e quando não. Limpeza para que você não toque outras cordas ao tocar um bend, isso faz com que a nota desejada fique sem definição. Segurança, pode se dizer que afinação e limpeza estão diretamente ligados a segurança que você tem ao dar um bend. Um bend tímido geralmente desafina e sai meio sujo, então, agarre as cordas e levante com toda certeza do mundo.
  Em sua execução são importantes alguns conceitos básicos. Primeiro, para executar um bend, é necessário colocarmos o polegar em cima do braço, nos ajudando a fazer uma alavanca para levantar a corda. Dependendo do dedo com que você fará o bend sua forma de faze-lo será diferente. Sempre costumamos "ajudar" o dedo que está levantando a nota com os demais atrás, por exemplo, se estamos levantando a corda com o dedo 3, devemos colocar o dedo 2 e o dedo 1, cada um em uma casa anterior a casa onde foi executado o bend. Com o dedo 4, atrás teremos dedo 3, 2 e 1. Com o 2, o dedo 1. É comum também deixar o dedo 1 levantado verticalmente as cordas, isso ajuda na limpeza, abafando as cordas indesejadas ou então se você tiver uma "mãozona", pode abafar as cordas com o polegar por cima do braço. Para fazer um bend com o dedo 1, é necessário abusar ainda mais do polegar em cima do braço do instrumento, porque ele vai dar o apoio necessário para você executar o bend.

Principais tipos de Bend

Bend - O bend simples consiste em levantar ou abaixar a corda partindo de uma nota para atingir o som de outra.
Bend - Release - É o tipo de bend no qual após a chegada na nota desejada você volta a nota de origem.
Pré-Bend - Também conhecido como Reverse Bend, consiste em puxar a corda e só depois palhetar, dando a impressão de um bend ao contrário, como se ele fosse do agudo para o grave. É importante o domínio dos bends básicos para utilizarmos o Pré-Bend, porque você antes de tocar já tem que saber o quanto vai levantar.
Bend em Uníssono - Esse é um tipo de bend muito usado. Consiste em dar o bend junto com outra nota em uma corda diferente e afinar o bend de acordo com a nota mais aguda, até chegar na igualdade dos sons, uníssono.
Bend Duplo - O bend duplo dá uma temperada em qualquer solo, fazendo com que o mesmo fique com uma pegada "animal". Consiste em esticar duas cordas ao mesmo tempo. 


Saiba um pouco mais sobre o violão

  

  O instrumento existe desde tempos antigos, mas a primeira referência escrita data do século VII na Espanha e em meados do século XVIII assumiu sua forma moderna e até hoje os melhores instrumentos são fabricados na Espanha. O grande responsável pelo desenvolvimento do violão foi um carpinteiro chamado San Sebastian de Almeida(1817-1892).

  Conhecido como Torres, ele foi sem dúvida a figura mais importante na história do violão, e muitos instrumentos da atualidade são fabricados com base nos instrumentos de Torres.

  Ao contrário do que muitos pensam, o instrumento acústico é muito mais difícil de ser tocado do que o elétrico(guitarra, teclado, etc..) pois não conta com a ajuda e efeitos que só a eletrônica possui, a maior parte do "show" que você vê em um concerto de rock é pura eletrônica e é claro com algumas técnicas

  Já no instrumento acústico, todos arranjos e efeitos são executados pelo talento do músico, mas você poderá usar um pouquinho da eletrônica para dar um brilho na música, usando um pedal ou um efeito, nada de exagero, só para dar um brilho especial na música!

Classificação quanto ao instrumento

O violão pode ser:

Violão nylon são aqueles que usam cordas de nylon, possuem um número reduzido de modelos e são usados em estilos leves como toda MPB e as músicas Clássicas.

Violão aço são aqueles que usam cordas de aço, possuem um universo de modelos, o mais versátil é o folk, pois ele aceita ser tocado em vários estilos principalmente o POP e ROCK.

Classificação quanto ao estilo

Violão harmonia: faz apenas o fundo da música para dar um brilho, nelas são valorizadas as 3as e 5as arpejando as cordas e acordes.

Violão Melodia: é o método em que seguimos a música, tocamos todos os acordes valorizando as notas reais da música. Violão Solo é o estilo onde tocamos apenas as notas principais da melodia.

Violão Base: É o estilo que dá mais peso à música, ele é tocado com palhetas e batidas.

Harmonização, tonalidades e acordes

 

  Como já vimos em lições anteriores, uma melodia costuma se desenvolver utilizando as notas de uma escala . Os acordes que acompanham esta melodia são formados das mesmas notas da escala (este conceito tradicional de harmonia é pouco utilizado hoje em dia, onde a harmonização das músicas é mais livre, sem prender-se em regras específicas, porém isto depende muito do estilo musical) e cada acorde tem função específica na música. A esse conjunto de funções dos graus da escala e dos acordes sobre eles formados, dá-se o nome de tonalidade. O tom da música recebe o nome da escala que é construída a melodia. Por exemplo: Se a melodia de um trecho musical foi construída sobre a escala de Bb, dizemos que a tonalidade deste trecho é de Bb, ou que este trecho "está" em Bb. Cada nota da escala maior também gera uma nova escala, criando desta maneira 7 modos (7 maneiras diferentes de você tocar a mesma escala maior), que se chamam modos gregorianos. Cada modo possui um nome, e gera um tipo de acorde. Os acordes gerados pelos modos formam o Campo Harmônico Maior.

Um breve resumo das funções do campo Harmônico:

  Independente da escala em questão, um Campo Harmônico Maior gera sempre os mesmos tipos de acordes para cada grau:

Imaj7 IIm7 IIIm7 IVmaj7 V7 VIm7 VIIm7/5-

  As funções principais estão nos graus I, IV e V (acordes maiores) que são:

Grau I  - TÔNICA  - Função de repouso, resolução (geralmente é o primeiro e o último acorde da música)

Grau IV - SUBDOMINANTE - É um acorde de meia tensão, geralmente ponte entre os graus I e V

Grau V  - DOMINANTE  - Função de tensão, é o acorde que pede resolução.

  Os demais acordes (menores) são relativos dos três principais, ou seja, podem substituir os acordes maiores, obedecendo as mesmas funções tonais:

Grau IIm    - relativo do IV
Grau IIIm   - relativo do V
Grau VIm    - relativo do I
Grau VIIm5- - relativo secundário do V

  Chamamos de relativos os acordes que possuem notas em comum. Por exemplo: O acorde de C possui as notas C, E e G, e seu relativo menor (Am) possui as notas A, C e E e se acrescentarmos a sétima ele passa a ter a nota G também. Todo acorde maior tem seu relativo menor e vice-versa. Os relativos menores são sempre o sexto grau da escala do acorde maior (como no exemplo acima C e Am) e o relativo maior dos acordes menores é o inverso, ou seja, o terceiro grau menor da escala do acorde menor (modo eólio). Por exemplo: o relativo maior de C#m é E (Terça menor do acorde de C#m). Portanto, na prática, as músicas tonais são sempre formadas pelas 3 funções - Tônica, Subdominante e Dominante - mas os 3 principais acordes são constantemente substituídos por seus relativos.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Como usar a palheta

  Existem basicamente três vertentes no que diz respeito a mecânica da palhetada. A primeira consiste em centrar os movimentos no pulso, ou seja, o centro de apoio é o próprio pulso. A segunda consiste em utilizar o antebraço, onde o centro de gravidade se dará no cotovelo. A última consiste em fazer movimentos circulares com os dedos. Caso você observe os vídeos de seus guitarristas favoritos, perceberá que há tantas maneiras bem sucedidas de palhetar quanto o número de guitarristas bem sucedidos. Lembre-se que a constituição física e os estilos são muito variados, sendo assim, existem soluções diferentes para cada situação.
  Tenha em mente que o tipo de música que você estiver tocando vai determinar a sua postura de palheta, ou seja, você não vai tocar um " groove " de funk com o mesmo enfoque de palhetar um " fast run " do Paul Gilbert .
  De qualquer forma seguem aqui algumas normas gerais:
 Permaneça relaxado; Pratique sempre a palhetada alternada (nunca repita a direção da palhetada ); Algumas pessoas apoiam sua mão direita ou antebraço em algum lugar para guiá-las, outras não. Se for utilizar o apoio não o faça de maneira desleixada. Encontre o local certo como a borda da ponte por exemplo. Experimente as posições de palhetar e perceba como estas vão influenciar crucialmente o seu som. Ao palhetar perto da ponte você obterá um som mais "brilhante", já o ataque próximo da escala lhe dará um som mais encorpado, a exemplo de Frank Zappa, cujo estilo peculiar de tocar sobre a escala da guitarra lhe dava um som bem " gordo " , apesar de perder um pouco da sua definição; A forma com que você ataca a corda é muito importante, podendo ser um ataque bem frontal  (perpendicular) ou angular; Seja econômico com os movimentos de suas mãos. Quanto menores os movimentos, maior a velocidade e precisão; Você não tem que segurar a palheta com muita força entre seus dedos. Somente uma leve pressão para deixá-la fixa é o suficiente; Palhetas muito finas geralmente não são muito boas para palhetadas rápidas. Elas não voltam à sua forma plana rápido o suficiente depois que uma corda é palhetada. Essas palhetas mais finas (de 0.15 a 1.0) normalmente são usadas para sons acústicos e mais despojados, dando-lhes uma sonoridade mais "brilhante". As palhetas mais grossas (de 1.0 a 3.0) dão uma sonoridade grave e encorpada. Devido à sua firmeza são ideais para técnica e velocidade. 

 As palhetas são fabricadas de vários materiais como :

Metacarbonato - Têm boa durabilidade, muito semelhantes com as de plástico comum;

Nylon - Normalmente são finas, produzem um "clique" peculiar ao tocar;

Delrin - Geralmente são mais porosas e desta forma aderem mais aos dedos;

Materiais exóticos - metal, prata, ágata, osso, madeira ,etc.

  Não se esqueça que desde a escolha da palheta até a forma de tocar deve ser um processo totalmente pessoal, fazendo com que você alcance seu próprio estilo desde os primeiros estágios.

 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Como prender as cordas

 

  É muito comum o iniciante no instrumento tocar de forma errada as cordas da guitarra e do violão, não saindo assim o som certo da nota desejada. Às vezes, podemos ouvir alguns trastejamentos, que são ruídos ou zumbidos metálicos, ou as notas de uma forma abafada. Para evitar isso, devemos manter nossos dedos da maneira, mais vertical possível e prender as cordas com os dedos posicionados próximos dos trastes.
 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

A mão esquerda no braço do instrumento

 


  O polegar da mão esquerda serve de apoio, ficando atrás do braço do instrumento. Você deve ter o cuidado de não encostar a palma da mão na parte de trás do instrumento. Observe que a posição correta é apoiar o polegar na parte de trás do braço e manter a ponta dos dedos pressionando as cordas.


    Os dedos da mão esquerda devem pressionar as cordas no meio da casa ou próximo ao traste que estiver na frente do dedo. É importante lembrar que nunca devemos prender uma corda com o dedo em cima do traste.




segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

História do violão - Curiosidades

 

 No Brasil, quando falamos a palavra guitarra, estamos nos referindo a um instrumento elétrico chamado guitarra elétrica, isto porque os portugueses que introduziram esse instrumento no Brasil possuem um instrumento que se assemelha muito ao violão e que  equivale á nossa “Viola Caipira”.
 Os portugueses possuem um instrumento que possui as mesmas formas e características do violão, sendo apenas pouco menor, denominado  de viola portuguesa, quando os portugueses viram a guitarra espanhola, que era igual a sua viola (apenas um pouco maior), colocaram o nome do instrumento no aumentativo, de viola para violão.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

O violão para iniciantes

 

  Existem violões apropriados para cada estilo de música. Os violões MPB, de cordas de nylon e os violões Folk, de corda de aço e braço estreito, são os tipo mais comuns. Você pode tocar qualquer tipo de música em qualquer tipo de violão. Para aprender, o melhor é o violão MPB, ou seja, os de cordas de nylon, porque são cordas mais suaves para os dedos. Tão importante quanto a vontade de aprender é a qualidade do instrumento. As marcas consagradas e com preço em conta são Gianinni e Di Giorgio. Porém surgiram muitas marcas novas que também são boas. Instrumentos de má qualidade são mais difíceis de tocar.
  Se optar por um instrumento usado, coloque cordas novas e mande fazer uma revisão. É interessante você adquirir um afinador eletrônico, para evitar aborrecimentos com a afinação do violão no inicio. Existem bons afinadores no mercado com preços que variam de 50 a 150 reais.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Violão e Guitarra Para Iniciantes

   Se você não sabe tocar, ou sabe muito pouco e quer aprender de verdade, este curso é para você. O curso abrange o nível básico completo do estudo do violão e guitarra e começa á partir do zero, e você não precisa ter nenhum conhecimento musical para começar a estudar e aprender com as lições que são explicadas passo a passo e que permitem um aprendizado, rápido e sem complicações. O curso é composto de 7 E-books contendo explicações e informações importantes, ritmos, exercícios de técnicas, dicas, curiosidades, músicas e questionários, para que você possa acompanhar a sua evolução e desenvolver todo o seu potencial. Os assuntos são explicados através de textos descomplicados e objetivos, onde são utilizados exemplos com fotos, imagens, desenhos e gráficos, o que torna o estudo interessante e agradável. Este curso é extremamente prático, e o aluno começa a praticar no instrumento á partir da primeira aula, mesmo que nunca tenha estudado nada sobre violão ou guitarra em sua vida.



   Para que você tenha sempre ao seu alcance, um material de   estudos de qualidade e conteúdo exclusivo, juntamente com o curso, você irá receber inteiramente grátis, como bônus, o Curso de Harmonização com estudos teóricos e práticos, o Curso Básico de Teoria Musical para iniciantes e o Dicionário de Acordes. Aproveite, pois esta é uma promoção por tempo limitado!

O Curso Prático de Violão e Guitarra é indicado para alunos iniciantes.

O método utilizado permite o aprendizado rápido e sem teorias cansativas.

Todo o conteúdo do curso foi 100% revisado e aprovado.

Estudando escalas

   Escala nada mais é que uma sequencia de notas sucessivas, separadas por tons e semitons. Dependendo da forma que estão organizados estes intervalos, nós obteremos um modo maior ou menor.
    Em geral precisamos das escalas para fazer um solo enquanto alguém em outro violão, guitarra ou qualquer instrumento harmônico faz ao mesmo tempo uma base, a harmonia.  É possível ainda solar fazendo junto a harmonia, o que dificulta um pouco mais a execução. É possível também solar e sugerir a harmonia apenas através do solo o que já é bem mais avançado. Mas o início de tudo é o estudo das escalas das quais a inicial tomaremos com dó maior. Lembra-se daquele som: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó. Pois é, essa aí é a escala que vamos começar a treinar.  Existem duas questões básicas neste estudo que são:

1) A execução da escala, ou seja saber o desenho dos dedos no braço do violão ou da guitarra (que é um exercício físico e exige muita repetição)

2) O uso da escala, ou seja saber em que casos ou circunstâncias aquela escala deve ser usada (que é um exercício mental, precisa ser decifrado pelo menos uma vez).

A Escala Maior é uma escala heptadiatônica.

· Hepta - Pois possui 7 notas

· Diatônica - Pois é uma sucessão de semitons.

· Portanto os intervalos da escala maior são:

Tônica
2° maior
3° maior
4° justa
5° justa
6° maior
7° maior

É comum também o uso da 8° justa, que nada mais é a repetição da tônica.

Entre os graus III e IV, VII e VIII (3°M e 4°J / 7°M e 8°J respectivamente) o intervalo é de um semitom. Entre os demais graus (ou notas) o intervalo é de um tom.

Ex.:
Escala Maior C (dó)

DO – RE – MI – FA – SOL – LA – SI – DO
T___2M_3M__4J___5J__6M__7M__8J
I___II__III__IV___V___VI__VII__VIII

Reparem nos semitons entre III/IV e VII/VIII. (MI e FÁ - SI e DÓ)

Para entender melhor...

Tônica é a nota que dá nome e tom à escala.
Tons: Os tons são as próprias notas musicais.

Para facilitar quando, falarmos em acordes ou tons, usaremos o modo de grafia de notas dos países anglo-germânicas, onde são utilizadas letras do alfabeto:

C - Dó
D - Ré
E - Mi
F - Fá
G - Sol
A - Lá
B - Si

Então Escala de C = Escala Maior de Dó ou Escala de Dó Maior

Outras notações;

T - Tônica
2°M - segunda maior
4°J - quarta justa

Outro exemplo:
Escala Maior de Sol (G)

SOL – LA – SI – DO – RE – MI – FA# - SOL

T___2M_3M__4J___5J__6M__7M__8J

Dicas:

*Diga sempre os nomes das notas e o seu intervalo enquanto você digita a escala
*Faça essas digitações em todos os outros tons, pois o "desenho" (shape) da escala é o mesmo, assim como os intervalos.
*Lembre-se que na mão direita o movimento é alternado em cada nota tocada (indicador, médio, indicador, médio).

Escalas Maiores:

A- lá si dó# re mi fá# sol# lá
B- si dó# ré# mi fá# sol# lá# si
D- ré mi fá# sol lá si dó# ré
E- mi fá# sol# lá si dó# ré# mi
F- fá sol lá sib dó ré mi fá

A escala diatônica é uma escala com sete notas, e obviamente sete shapes. É a escala mãe de todas outras escalas, pois qualquer escala que você pensar teve origem através da diatônica.

Na diatônica possuímos a escala maior e menor e seus respectivos intervalos são os seguintes:

Diatônica Maior: T 2M 3M 4J 5J 6M 7
Diatônica Menor: T 2M 3m 4J 5J 6M 7


Agora veremos estas escalas nas tonalidades, faremos em Dó Maior e Lá Menor, que são escalas relativas:

Diatônica de Dó Maior: C D E F G A B
Diatônica de Lá Menor: A B C D E F G

Escalas Relativas: Este assunto já foi explicado em artigos anteriores neste blog, devido a isso, farei apenas uma explicação resumida sobre o assunto, Percebam nas escalas mostradas acima: se na escala maior pegarmos o sexto grau e consideramos como primeiro, teremos as notas da escala menor, começando por Lá (A) e seguindo a sequencia, a partir do terceiro grau, teremos todos os intervalos da escala maior. Concluímos com isso que a relativa menor está no sexto grau da escala maior, e a relativa maior está no terceiro grau da menor...

Exemplos de escalas relativas:

 C - Am
 G -  Em
 Bm - D
 Gm - Bb

Temos logo abaixo, os shapes (modelos) das escalas diatônicas menor e maior, as notas em vermelho são as tônicas dos shapes e é por elas que você deve começar a praticar as escalas, os modelos estão em Lá Menor e Dó Maior, que são relativas, reparem bem que os shapes são exatamente os mesmos, as mesmas notas, na mesma região só mudando a nota tônica...


quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Exercícios de técnicas para ganhar agilidade

  

  Para esta aula preparamos vários exercícios para deixar os dedos mais ágeis e a musculatura da mão mais preparada para o violão. Aproveite e treine bastante, pois a medida que os dedos ficam mais fortes e resistentes melhor será sua performance ao praticar pestanas, solar e tocar acordes difíceis.

Este 1° exercício é puramente de digitação.
Use os dedos 1, 2, 3 e 4 (mão esquerda) alternando a ordem em que eles são tocados. Na mão direita, use os dedos I , M e A.

Exemplo:

------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------
----------------------------------------(1)--(4)--(2)--(3)-------
--------------------(2)--(3)--(4)--(1)---------------------------
(1)--(3)--(2)--(4)-----------------------------------------------


Continue o exercício trocando a ordem dos dedos.
Tente as seguintes combinações:

         1 2 4 3      2 1 3 4      3 1 2 4      4 1 2 3    
         1 3 4 2      2 1 4 3      3 1 4 2      4 1 3 2
         1 4 3 2      2 3 1 4      3 2 1 4      4 2 1 3


Dica: Faça uma série da 6ª corda até a 1ª indo do começo ao fim do braço do violão. Comece lentamente e vá aumentando gradativamente a velocidade à medida que não haja erros.

Voltando agora para a mão direita, faça o seguinte:
Deixe as cordas soltas e toque dessa maneira

----------A----
-------M-------
-----I---------
---------------
---------------
-P-------------


  Toque o polegar na 6° corda e depois seguidamente os dedos I, M, e A nas 3°, 2° e 1° cordas respectivamente.

  O Polegar é tocado de cima para baixo e o restante dos dedos de baixo para cima, "puxando" as cordas.


Dica:

  Quando tocar o Polegar faça como se estivesse "empurrando" a corda para frente e não apertando-a para baixo.
Toque primeiro o polegar na 6° corda mas depois faça o exercício usando a 5° e 4° cordas.

  Comece lentamente e aumente a velocidade quando estiver seguro. Tente manter um ritmo ao fazer esse exercício. Faça também desta maneira:

P   I   M   A   M   I

Partiremos então para a escala maior:

Outras digitações: Em E (Mi Maior)

----------------------------------------------------2--4--5-----
-------------------------------------------2--4--5--------------
----------------------------------1--2--4-----------------------
-------------------------1--2--4--------------------------------
----------------0--2--4-----------------------------------------
-------0--2--4--------------------------------------------------


  Este próximo é em C (dó Maior) e está dividido em terças, toque uma nota e a próxima será uma terça acima dela. 

 ----------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------3-----5-----
---------------------------------2------4----2----5----4-----5---
----------2------3---2---5---3-------5---------------------------
---3---------5-------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------


  Faça esses dois últimos exercícios em todos os tons indo e voltando. 


sábado, 15 de janeiro de 2022

Como segurar o violão corretamente

 

  Para o violão popular não há uma posição padrão como há no violão clássico. Sentado o violonista apóia o violão sobre a perna esquerda, que devera estar apoiada em banquinho de mais ou menos vinte centímetros. O dedo polegar da mão esquerda deve permanecer sempre que possível no centro posterior do braço do violão.
 

  Mas devemos observar algumas coisas necessárias a um melhor desempenho futuro. Se por acaso você quiser tocar de pé, será necessário que você adquira uma correia, que você poderá comprar em qualquer casa de venda de instrumentos musicais, esta correia deve ser bem larga para evitar que tenhamos dificuldades em permanecer durante um tempo muito longo com o instrumento pendurado devido a dores no ombro.


  Segure o instrumento de forma que sua coluna permaneça reta, ou seja, evite curvar-se para ver as casas no braço do violão, e se você ainda vai realizar compra de um violão, observe que em alguns violões os botões ficam na parte superior do braço justamente para que você localize as casas sem ter que olhar diretamente para as casas. Quando tocar sentado evite se apoiar sob o violão, permaneça com a coluna reta sempre evitando olhar para o braço do violão.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

A qualidade dos violões feitos no Brasil

 


  O Brasil já possui longa tradição na fabricação de violões (guitarra acústica). Os interessados em adquirir um bom violão não necessitam recorrer a marcas estrangeiras. Pelo contrário, dada a qualidade dos violões nacionais, o Brasil vem exportando atualmente cerca de 1/4 de sua produção para os mais exigentes mercados europeus. 
  Entre nós, a fabricação do violão se dá, sobretudo em moldes artesanais. Noventa por cento de um violão é feito manualmente. Apenas a serragem da madeira é executada por máquinas especializadas. E aqui são produzidos os mais variados modelos, que atendem a todos os gostos e bolsos. Desde os mais simples violões, destinado aos estudantes, até os mais sofisticados, procurados pelos violonistas profissionais e concertistas, construídos com materiais de excelente qualidade e submetidos a rigorosos testes especiais.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Mão direita e mão esquerda - Dicas

A mão direita

    O controle da mão direita é dado por uma combinação de senso rítmico e  precisão. Quanto mais você praticar, mais depressa sua mão direita será uma extensão de seu senso rítmico. No começo você precisará de apoio para sua mão direita. Seu antebraço deve descansar ligeiramente sobre a parte superior do violão, de forma que a mão fique livre na posição apropriada para tocar. A mão deve movimentar-se o mínimo possível, deixando esse trabalho para os dedos. Estes devem estar  bem relaxados para que possam movimentar-se com independência. A regra fundamental para qualquer técnica de mão direita é "o máximo de efeito com o mínimo de movimento". No violão, a mão deve mover-se apenas o  suficiente para selecionar as cordas e controlar os dedos. Considera-se como área para tocar o espaço entre o rastilho e o começo da  escala. O som varia de acordo com o ponto exato de contato. É mais agudo e  penetrante perto do rastilho e se torna mais suave à medida que você toca   mais perto do meio da corda. Tocar com os dedos ou com uma palheta é uma decisão pessoal, baseada no tipo de som que você quer obter. A maioria dos que usam os dedos deixam as unhas crescerem para tocar as cordas com mais volume, isso é uma decisão pessoal.



A mão esquerda

     A função da mão esquerda é pressionar as cordas junto as trastes, para que produzam as notas desejadas. Antes que sua mão direita toque as cordas, a  mão esquerda já deve estar em posição, demarcando uma série determinada de notas. A mão esquerda pode ser usada também para abafar determinadas notas que não combinam com o acorde que está sendo tocado. A técnica clássica é manter o polegar sempre no meio da largura do braço. Com isso, fica sempre um espaço livre entre o braço do violão e a palma da mão. O punho fica ligeiramente dobrado, deixando os dedos descansar confortavelmente sobre as cordas. O polegar, oposto aos demais dedos, funciona então como apoio para que as ponta dos dedos apliquem a pressão exata sobre as cordas. Essa posição permite o máximo de precisão,  fidelidade e rapidez. Muitos instrumentistas colocam o polegar bem mais alto nas costa do braço, encaixando a palma da mão. É um hábito tentador, pois dá mais apoio para as técnicas de rock. Para tocar uma única nota com clareza, sem encostar em nenhuma outra corda, seus dedos devem estar arqueados, com a ponta  formando quase uma perpendicular com o braço do instrumento. Por isso, o comprimento das unhas não pode ultrapassar o do dedo. Com unhas muito  compridas fica mais difícil pressionar a corda com firmeza. O dedo acaba então saindo da perpendicular e pode abafar a corda vizinha. Ao pressionar uma corda, coloque o dedo um pouco antes do traste (nunca em cima, imediatamente após ou a meio caminho entre dois trastes). O comprimento de vibração da corda será a distância entre o último traste e o cavalete. Use apenas a pressão necessária para que a nota soe com  clareza. Pressão demais cansa os dedos e cria tensão na mão, dificultando a passagem de uma posição a outra.

Como entender os intervalos e os acordes - Regras básicas

 


  Como já mencionado em lições anteriores, intervalo é a distância que separa duas notas musicais. Os intervalos recebem denominações diversas, como abaixo especificado na seguinte ordem:

Nome do intervalo
Distâncias
Exemplo

Segunda menor
1/2 tom (1 traste)
C para Db

Segunda maior
1 tom (2 trastes)
C para D

Terça menor
1 1/2 tons (3 trastes)
C para Eb

Terça maior
2 tons (4 trastes)
C para E

Quarta perfeita (ou justa)
2 1/2 tons (5 trastes)
C para F

Quarta aumentada ou Quinta diminuta
3 tons (6 trastes)
C para F#

Quinta perfeita (ou justa)
3 1/2 tons (7 trastes)
C para G

Quinta aumentada ou Sexta menor
4 tons (8 trastes)
C para G#

Sexta maior ou Sétima diminuta
4 1/2 tons (9 trastes)
C para A

Sétima menor
5 tons (10 trastes)
C para Bb

Sétima maior
5 1/2 tons (11 trastes)
C para B

Oitava
6 tons (12 trastes)
C para C


Usamos também as seguintes abreviaturas:

M = maior
m = menor
J = justa (perfeita)
+ ou Aum = aumentada
o = diminuta


  Agora é mais fácil entender. Com 5 regrinhas básicas é possível formar os principais acordes, ou seja, aqueles com os quais você deve ser capaz de harmonizar a grande maioria das melodias. Os acordes principais são formados por tríades, ou seja, três notas encontradas na escala a que o mesmo pertence e, a posição relativa destas notas é sempre a mesma, qualquer que seja a escala em questão. Vamos as regras explicadas na seguinte ordem:

Acorde
Notas que Compõem
Exemplo
Acorde

Maior
I + IIIM + VJ
C + E + G
C

Menor
I + IIIm + VJ
C + Eb + G
Cm

Aumentado
I + IIIM + VAum
C + E + G#
CAum (C5+)

Diminuto
I + IIIm + VO
C + Eb + Gb
CO

Sétimo
I + IIIM + VJ + VIIm
C + E + G + Bb
C7


  Agora basta aplicar esta seqüência de regras à qualquer uma das escalas e montar os acordes correspondentes.